Estou aqui tentando escrever algo, mas ainda é muito dificil pensar em tudo. Foi um ano triste, solitário, onde eu tentei o meu máximo me distrair jogando, assistindo TikTok por que todo tempo em que eu não estava fazendo isso as lembranças tristes vinham e eu só conseguia chorar.
Até completar 1 ano fomos ao cemitério todos os mês. Eu e minha irmã. Toda vez era muito doloroso. Depois, ainda não consegui ir. Ainda penso que queria ter me esforçado mais antes de tudo ter acontecido. Não sei, depois da pandemia eu me fechei em mim, sofri meus anseios internos e não prestei atenção em como mamãe precisava de mim. Pra mim ela estava bem, estava com outras pessoas, mas ela precisava de mim e eu não tinha visto. Quando tudo aconteceu eu me dediquei integralmente, mas deveria ter feito isso antes. E isso me doi muito. Não ter entendido logo o que mamãe tinha, que ela não fazia nada de propósito, que o cérebro dela estava se apagando. Eu não sabia. Dói demais.
Durante o ano, os amigos me passaram alguns trabalhos, principalmente a Madeleine. E isso me ajudou bastante por que está dificil me dedicar a algo. Já ano que vem preciso me esforçar.
Mas nada mais faz sentido. Nada mais é felicidade. Eu me distraio. Eu, sei lá, finjo que está tudo bem, mas no fundo eu estou destruído. Queria mamãe comigo.
Tantos tem ido embora. Eu sinto que não importa mais se fico agora ou se vou agora. Então, enquanto tiver por aqui, tento. Mas tanto faz, sabe?
Acabou os sonhos, acabou tudo.
Agora no final do ano, as vezes perece que está mais ameno, por que já consigo ver vídeos com imagens de hospitais e cenas emocionantes e a dor é diferente, mas no fundo a dor está gigante e só eu sei como é.
O que aprendi até agora é que eu estou sozinho. Que eu tenho que decidir o caminho que vou seguir. Ninguém vai me ajudar, ninguém vai me direcionar. Sou eu comigo mesmo. Dói, é triste, é dificil. Mas é isso, não tem outro jeito. Assim que tem que ser.
Vamos ver o que vem por ai. Não sei mais. Não sei mais.
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